quinta-feira, 23 de julho de 2009

de quando a gente se surpreende...

Eu o conheço a mais ou menos uns dois anos, e a noite do nosso encontro foi algo realmente muito interessante, ele do outro lado do oceano e eu aqui, jamais acreditei nessa história de ter um amigo virtual, então, naquela noite em especial, eu pude ter a certeza de como eu estava enganada.
O português que mora em Londres, estava mais perto de mim do que eu podia imaginar, não geográficamente, claro, e sim, no campo das idéias, na troca de sentimento, eu de início, fiquei receosa, nossa, um cara estrangeiro, do nada, o que ele quer comigo? Com o pé atras mesmo, mal dei bola, pensando ' ele pensa bem que eu sou fácil ', ledo engano rsrs, como tantos que cometemos na vida, a nossa história nunca teve nada de amorosa, como se diz, foi amizade pura e simples, de sabermos o que o outro sentia, de um saber o que o outro estava pensando, de um aconselhar o outro, de apoiar mesmo, um ao outro.
Passou um ano e nós sempre nos falando frequentemente, então ele resolveu dar um importante passo em sua vida, e casou. E sumiu, e eu senti falta, muita falta mesmo, das conversas, das brincadeiras, mas como boa amiga que sou, fiquei feliz por ele e por sua nova família, afinal, já estava vindo um bebê também.
E o tempo passou, e passou, então eis que um belo dia ele surge de novo do nada, pede meu numero e eu dou, e adivinha? Ele não esqueceu de mim, dos meus projetos, de nossos papos, e me ligou, e eu senti uma emoção, pois, pôde tornar real, aquele ser que eu só conhecia através de letras, e ele tinha uma voz...
Então, hoje mais ou menos umas oito e trinta da noite, meu telefone toca do outro lado do mundo, eu atendi espantada, quem será? Não lembrava de ter dado meu número a ninguém, a ninguém mesmo, era o Aldo, o meu amigo portuga, me ligando, eu nem acreditei e fiquei feliz ao mesmo tempo, pois eu pude dar uma voz aquelas letrinhas que eu via diariamente, e o mais importante, eu pude sentir do outro lado da linha, que ele existe. foi interessante, muito mesmo.


Amigo, nem sempre é aquele que está presente...